segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Nas margens do Rio
Essa é Ana das Carrancas uma grande artesã de Petrolina, infelizmente, não se encontra entre nós modelando suas "figuras" no barro.
Mestre Ana encontrou nas margens do rio São Francisco a riqueza para constuir seu mundo imaginário de figuras modeladas no barro e sair da pobreza, antes dela as carrancas eram talhadas na madeira, como ainda hoje é, mas foi ela que fez nascer do barro uma nova expressão para as carrancas, reconfigurando a raiz dessa tradição a partir de outro material.
Tive a chance de conhecer mais de perto seu lugar e seu memorial quando fomos apresentar o Histórias do Velho Graça dirigido por Mim e Adriana Milet com a Trupe Gogô da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas dentro do ALDEIA DO VELHO CHICO - V Festival de Artes do Vale do São Francisco que aconteceu de 31 de julho a 15 de agosto.
Que ela inspire novas visagens sobre as coisas que parecem já ter um fim!
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4 comentários:
Lu,
O que seria das novas descobertas se não fossem as pausas propostas pelos “fins”.
A partir deles abrimos espaços para a anunciação do oculto, o desvendar do ainda não desvendado. Ou quem sabe, simplesmente “começo”.
Kelly,
penso que o fim é sempre começo... é um cciclo "urubórico". Mas quis dizer que a arte das carrancas já tinham um fim quando então talhadas em madeira, quem poderia assim descobrir no barro um outro fim para aquele fim? Assim, Ana das Carrancas refaz o caminho e achou no fim o começo para uma nova descoberta, uma nova matéria prima.
adorei seu comentário!
Um fim para um começo e um começo no fim... quanta inspiração. Lu foi muito bom estar em Petrolina e compartilhar de tantos conhecimentos, de tantos olhares sobre o mundo!
Angeline
Do barro nasce a vida! Foi assim que aprendi na escola.
Penso na vida de Ana das Carrancas, e tudo me parece como uma eterna homenagem de amor ao marido: A carranca dos olhos furados que afugentam os maus espíritos e enxergam além do que se pode vê.
Assim era a sua vida!
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